9.12.10

aviso

Olá a todos!

O estágio acabou, mas o blog ainda não está completo! Ainda estão faltando algumas postagens sobre o planejamento e avaliação das aulas ao longo do semestre, partituras do repertório executado (mesmo que não tenhamos trabalhado diretamente com elas, vale o registro) e também fotos e vídeos do ensaio geral e da apresentação!

Como realmente pretendemos (ainda não sabemos como, mas...) continuar este trabalho, essas pendências devem ser resovidas em breve, agora no período de "férias". Então teremos ao menos esta etapa do processo bem documentada!

Abraços e até breve!

Carol, Daniel e Luis

7.12.10

aula 17

Hoje acabei indo sozinha dar a aula. Não conseguimos preparar o compêndio de músicas para as férias, mas tentei cumprir nossa idéia da aula anterior, de ensinar às crianças mais algumas notas (o ré e o fá graves).

Antes, deixei escritas na lousa a Asa Branca e o Canto do povo de um lugar (que já leva o mi). Começamos tocando as músicas da apresentação. Pelo que entendi, ninguém fez o exercício de tentar escreve-las, mas na sequência todos quiseram copiar o que eu havia colocado na lousa.

Depois disso, cantamos a linha da Asa Branca com nome de nota e tocamos na flauta. Relembrei a posição do mi e fizemos o mesmo com o Canto do povo de um lugar. Enquanto a aula foi interrompida para uma sessão de fotos de final de ano, escrevi na lousa a melodia da primeira música do Carrossel e, no retorno das crianças à classe, passei a elas as notas fá (a partir do dó) e o ré grave. Eu disse que elas teriam que treinar toca-las ainda e que com mais essas duas notas poderiam já tocar o Carrossel.

Terminamos a aula comigo falando das incertezas ainda da continuidade das aulas, mas que mesmo assim temos muita votade de continuar. Pedi para elas cuidarem bem da flauta!

30.11.10

aula 16

Hoje fomos à escola meio sem plano, pois realmente não houve encontros para planejamento após a apresentação. Nossa única certeza era a vontade de continuar o trabalho, de alguma forma. Não sabíamos o quanto as aulas se estenderiam, então talvez hoje fosse a nossa despedida.

Chegamos alguns minutos atrasados. A classe estava tranquila após a aula de artes e conversamos por um tempo com a professora Bianca na porta da sala. Ela comentou que uma das alunas se interessou tanto por música durante o semestre que foi liberada pela escola para fazer aula de piano durante o horário das atividades escolares (que foi o que ela conseguiu).

Quando entramos na sala, conversamos com a classe sobre a apresentação do sábado. Dissemos que ficou tudo muito bom, que a escola colaborou (soubemos que, no fim, o transporte foi disponibilizado no sábado) e que elas foram muito corajosas para encarar aquele tanto de gente que compos o público da apresentação. Comentamos que ainda não sabemos o que irá realmente acontecer em 2011, se a escola vai disponibilizar algum horário em que possamos comparecer... Mas fizemos uma "pesquisa" e praticamente todos levantaram o braço demostrando interesse em continuar as aulas!

Em seguida, repassamos as músicas na flauta. Luis e Daniel fizeram o aquecimento (imitação na flauta e escala: sol-la-si-do-re-do-si-la-sol) enquanto eu escrevia as notas da melodia de Asa Branca na lousa. Depois do aquecimento, tocamos todas as músicas da apresentação e a lemos a Asa Branca, primeiro cantando o nome das notas e acompanhando as alturas com os braços e em seguida na flauta. As crianças tocaram com muito mais facilidade que na última aula (e o som está muito limpo e suave!)

Luis passou para elas, na sequência, a nota mi e, de quebra, mostramos também o dó grave, com todos os furos da flauta fechados. Então, usando o mi, passamos a melodia do canto do povo de um lugar e as crianças conseguiram executá-la com muita facilidade!

No final da aula, propusemos que elas tentem escrever as músicas da apresentação da maneira como grafamos Asa Branca na lousa. (Um menino se manifestou dizendo que já fez! Vamos ver a próxima aula).

Saímos da escola bastante animados, com vontade de preparar um compêndio de melodias fáceis para que as crianças possam eventualmente praticar nas férias!

27.11.10

apresentação!

 
vídeo: crianças da classe reunidas, cantando e tocando espontaneamente (e sem a nossa regência!) antes da apresentação.

Finalmente chegou o dia da nossa apresentação na mostra cultural 2010! Contribuímos para enfeitar o palco com um girassol (ao lado do palco) e os cravos e rosas a serem entregues no final. Chegamos a escola sem saber a ordem das apresentações de todas as classes participantes do estágio. Acabou que ficamos por último, mas só soubemos disso em cima da hora.

Tivemos tempo para ficar com as crianças em uma sala. Elas tocaram todas as músicas na flauta sem que pedíssemos! Em seguida, fizemos um aquecimento conduzido e procuramos ficar reunidos até a hora de descer. Assistimos todas as apresentações que nos antecederam. No número imediatamente anterior ao nosso, já estávamos na formação das filas.

O auditório estava lotado! As crianças ficaram muito tímidas no começo, quando subiram no palco cantando o Canoeiro e vendo toda aquela gente olhando para elas. Mas ao longo dos números, elas foram se soltando e deu tudo certo. Ufa!

24.11.10

ensaio geral!

Hoje contamos com a participação do nosso professor da licenciatura, Pedro Paulo Salles, como violonista. Nos concentramos na classe no início da aula (com os 45 minutos disponíveis cravados!). Nesse momento, entregamos a elas a flauta defintiva, da doação conseguida pelo Luis. Recolhemos apenas os limpadores que acompanham as flautas, para simular os cravos e rosas que cada um deverá pegar antes de deixar o palco no final da apresentação.

Saindo da sala, formamos as filas para subirmos ao palco cantando. As crianças foram orientadas de modo a atuarem como se o ensaio geral fosse a própria apresentação.

Dispusemos as crianças em uma fileira levemente curva. Elas subiram ao palco da maneira como havíamos ensaiado na aula 12, cantando o Canoeiro, com Luis e Pedro Paulo conduzindo cada um o grupo de meninos e meninas.

Em seguida, começou a execução das músicas tradicionais e demais peças e, enquanto isso, fomos adaptando e orientando a formação das crianças no palco (Daniel e eu ficamos na parte de baixo). O ensaio da manhã, que envolveu nosso trio e o professor Pedro Paulo, foi fundamental para que as coisas fluíssem. O Trem de ferro, nossa principal preocupação, pôde então "funcionar" com as crianças a partir da nossa execução, acompanhada das indicações que demos na hora.

Os 45 minutos cravados de aula (depois disso o horário do recreio nos expulsaria automaticamente de lá - o palco fica no meio do pátio) serviu perfeitamente para que passássemos todas as peças e marcações. O final do ensaio (já nas músicas do Carrossel) chegou a ser visto po crianças que saíram mais cedo para o recreio e pararam em frente ao palco. O bom foi que a classe não se intimidou! Agora resta a apresentação do sábado!

23.11.10

aula 15

Hoje acabamos não indo ao palco. Pela primeira vez (sem contar as "aulas extras"), não fizemos as canções tradicionais e passamos direto à flauta. Nos detivemos por mais tempo no arranjo do Trem de ferro e percebemos que ainda temos que estuda-lo mais (nós professores!).

A quarta música do Carrossel, trabalhada com mais insistência ontem, hoje estava mais firme e parece estar alcançando já o mesmo nível em que se encontram as outras.

Amanhã voltamos ao palco! Soubemos que não haverá aula na sexta-feira, então o ensaio geral será amanhã mesmo!

22.11.10

aula 14: "extra"

Hoje fui eu a professora na segunda aula extra de reforço na flauta. A professora Bianca havia faltado, então além de mim havia outras 4 professoras na sala!

Logo no início, apesar das crianças parecerem muito cansadas (seria o calor? ), pude conferir pessoalmente o resultado imediato do esforço do Luis, da aula extra da sexta-feira, quando pediu que as crianças tentassem soprar da maneira mais suave possível. Esse som se conservou na classe!

Com calma, passei com as crianças uma por uma as músicas da apresentação. Em seguida, coloquei a "partitura" de Asa Branca na lousa (como o Luis tinha feito na aula 12) e propus às crianças que tocassem. Elas só concordaram depois que eu dexei bem claro que não íamos apresentá-la, mas que toca-la nos ajudaria a tocar as outras músicas de um jeito mais bonito!

No final, nos detivemos na música menos cantada do Carrossel até agora (Roda roda carrossel). Isso tudo durou 30 minutos.

19.11.10

aula 13: "extra"

Hoje o Luis foi até a escola dar uma aula de reforço na flauta.

No início da aula, antes de passar o repertório, ele propos à classe um "sopro mais suave" e a proposta deu certo! A tentativa de emitir nota por nota com um sopro muito leve fez com que o som saísse mais afinado e piano. Este também foi um bom execício de concentração.

Para a execução das músicas, o Luis perguntou quem se sentia seguro para ser o "guia" na frente da classe e três voluntários foram à frente. Assim, ele pôde tocar na flauta tenor (de costas para não confundir a classe com o dedilhado) uma segunda voz (para as músicas Lenha verde e Trem de ferro), acostumando o ouvido das crianças ao que pode vir a ser feito como acompanhamento na apresentação.

No trem de ferro, foi introduzida a percussão corporal que fará parte da paisagem sonora construída a partir da música.

17.11.10

aula 12 - primeira ida ao palco!


Hoje a aula correu quase toda como planejamos e terminou com a primeira ida das crianças ao palco, que fica no pátio do recreio. Elas subiram cantando o canoeiro, meninas pela rampa e meninos pela escada da frente e no palco fizemos as canções tradicionais. (Foi a primeira aula em que não cantamos o Carrossel). O grupo de meninas começou a dançar, espontaneamente. Os meninos ficaram mais tímidos. Como primeira ida ao palco, o ensaio de hoje valeu (mesmo com a classe estando bem vazia, segundo a professora devido à uma "emenda de folga" após uma passeio do dia anterior). Mas precisamos trabalhar o que vai ser a movimentação das crianças durante essas canções.

A primeira parte da aula foi na classe, trabalhando as músicas na flauta. Avançamos muito o trabalho com o arranjo do Trem de ferro! Introduzimos a sessão de "conversa" antes do apito do trem (a escaleta do Daniel) e a marcação rítmica com os chocalhos. As crianças devem ter achado muito inusitado o pedido (que teve que ser bem enfático, quase uma ordem) de "conversem!". Repetimos a sequência algumas vezes e o resultado foi bastante fluido! Em seguida, passamos as músicas para flauta e terminamos introduzindo a melodia da Asa Branca. Apesar da melodia ser conhecida por quase todos, houve alguma dificuldade. Acabamos escrevendo o começo da melodia na lousa (foto abaixo) e o desempenho da classe melhorou. Foi interessante termos cantado a música com nome de nota, como uma primeira experiência de solfejo! Isso não tínhamos planejado.


Agora, daqui até o dia da apresentação, devemos ter uma sequência de aulas extas, para retomar e completar o arranjo do Trem de ferro e melhorar o posicionamento das crianças no palco.

9.11.10

aula 11


Fotos da produção dos cartazes, na segunda parte da aula

Hoje tivemos o tempo de duas aulas seguidas! Na primeira aula, retomamos o roteiro que tem se repetido e que provavelmente será o mesmo da apresentação.

Cantando o Pai Francisco, descobrimos que a alteração na letra original era uma provocação a um dos meninos da classe. Assim que percebemos que algo estava acontecendo (o menino começou a chorar com o rosto coberto) interrompemos a atividade e conversamos com a classe. Perguntamos o que estava acontecendo e a reação espontânea das crianças foi pedir desculpas ao colega. Vamos ver semana que vem como a classe se comporta ao cantar o Pai Francisco.

As crianças melhoraram muito o desempenho na flauta! Repassamos todas as músicas trabalhadas e isso ficou muito claro! Deixamos o Trem de ferro por último e introduzimos a percussão (com os chocalhos das bolinhas de ping pong preparados pelo Luis). Funcionou bem, com a marcação do trem nos tempos 2 e 4 do compasso, dobrado por uma imitação do trem com a boca. Deixamos a classe preparada para a introdução do arranjo mais completo na aula que vem.

Depois, cantamos o Carrossel duas vezes. A primeira execução foi muito tumultuada (conversas paralelas). A repetição saiu melhor. De todo jeito, desde o início a melodia soou muito clara e afinada (melhorou em relação a como vinha sendo) e a pausa entre as canções aconteceu!

O tempo da segunda aula foi dedicado à preparação dos cartazes. Levamos uma base preparada por nós, com as informações de data, horário, local e o nome da apresentação e as crianças finalizaram os cartazes. Não pensamos que elas fossem gostar tanto! Participaram muito alegres!

Encerramos a aula com o Canto do povo de um lugar.

3.11.10

flauta: "termo de responsabilidade"



Este foi o formulário do termo de responsabilidade que entregamos semana passada (redigido pela escola a nosso pedido) para que as crianças pudessem emprestar as flautas.

aula 10


Luis conversando com a classe sobre as flautas no final da aula (foto e vídeos desta postagem: Daniel)

Hoje a aula foi em outra sala, no primeiro andar (nada a ver com questões didáticas, apenas porque a escola estava usando a sala original, que fica no térreo, para alguma outra atividade).

Nosso plano do corredor (depois da reunião da manhã!) de não fazer o Canoeiro para ganhar tempo para o trabalho com a flauta naufragou qundo ouvimos os murmúrios de "Canoeiro", "Canoeiro"... cantamos esta + as canções tradicionais em um só fôlego.

Em seguida, no trabalho com a flauta, retomamos todas as canções auxiliares já trabalhadas até agora (sabiá, bem-te-vi, beija flor, lenha verde, trem de ferro) e introduzimos uma nova, com a nota ré, a partir de uma canção que eles já tinham cantado conosco (bambalalão). Funcionou muito bem! Na próxima aula podemos filmar isto, como filmamos a sequência da aula, quando passamos (uma vez só) o Carrossel (depois de ver que também não haveria tempo para introduzir o que conversamos sobre o arranjo do Trem de ferro!).

Carrossel

letra - Vinícius de Moraes
música - Meca Vargas


"sempre que o sol..."


"pretas e vermelhas..."
Essa música é um dos "hits" da aula! Pela primeira vez (porque estávamos filmando!) as crianças pararam após a primeira repetição!


"marimbondo..."
Ainda não está 100% firme, mas as crianças também gostaram. Por enquanto, parece do ciclo do Carrossel é a canção que mais dá espaço para fugir do uníssono (trinados da cigarra, baixo fazendo o ré...)


"roda roda carrossel..."
Última canção que ensinamos, ainda não está muito firme e faltou totalmente preparar a entrada! Mas está valendo. Lembrando que, depois desta canção, repete-se a primeira ("sempre que o sol...")

Depois do Carrossel, tratamos da entrega das flautas. A maioria das crianças entregou a guia assinada por um responsável. Outra parte esqueceu em casa e dois alunos devolveram a guia em branco porque não obtiveram autorização do responsável para ficar com a flauta. No fim, o Luís decidiu assinar por estes dois e a professora concordou em se responsabilizar pela distribuição do restante das flautas aos esquecidos, que não vão precisar esperar até a próxima aula para recebê-las.

Encerramos a aula cantando o Canto do povo de um lugar com acompanhamento da sirene que anunciava que nosso tempo tinha chegado ao fim.

arranjando


Esquema de arranjo sugerido pelo Luis e desenvolvido pelo grupo na reunião de hoje para o Trem de ferro. (Esperamos ainda colocar aqui todas as partituras mais convencionais do repertório que temos trabalhado com a classe).

Por hoje, trabalhamos mais no arranjo desta peça (Trem de ferro), mas já conseguimos enxergar algumas linhas gerais (ou ao menos os pontos de partida) para o arranjo do repertório todo que pretendemos apresentar:

-as canções tradicionais + canoeiro teriam o violão como acompanhamento.

-a seção de flauta seria principalmente um uníssono (ora canto, ora flauta, sendo tudo produzido pelas crianças), exceto no Trem de ferro, que teria nossa participação.

-o Carrossel poderia ter acompanhamento da flauta em algumas partes e talvez de um baixo (ou violino) que mantivesse a nota ré (na canção do Marimbondo, por exemplo). Precisamos conversar com a professora Meca Vargas, que compos a melodia das canções.

Instrumentos que temos disponíveis (que, a princípio, nós três poderíamos tocar) para pensarmos em acompanhamento:

-teclado
-escaleta
-violino
-flauta doce
-violão
-percussão (com possibilidade de participação do professor Pedro Paulo)
-flauta transversal
-sax

Também haveria a possibilidade de chamarmos um baixista.

Além de trabalhar no arranjo, fizemos uma avaliação do planejamento e avançamos a elaboração da apresentação: o figurino seria "roupa normal", a princípio, mas as crianças pelo menos entram segurando uma flor (meninos cravos, meninas rosas) que em algum momento vai para um vaso no palco (uma outra idéia antiga era de termos girassóis no palco!) Bom, pensamos também em "tratar" o palco com panos coloridos (na visita à escola, à tarde, para a aula, começamos a examinar os pontos para fixar os panos). Ah, sim, semana que vem usaremos duas aulas seguidas na terça-feira! Para começarmos a produzir os cartazes com eles. Achamos melhor levar uma base pronta, mas que seja um misto de xerox e já com o nome da apresentação (Cravos & Rosas) escrito à mão com giz de cera (provavelmente). Material para levar semana que vem! Outro item pensado foi o saquinho para guardar as flautas. Luis vai ver se dá para fazer com retalhos de couro que ele tem!

27.10.10

começando a arranjar


Hoje nos reunimos Luis e eu, durante a aula do professor Pedro Paulo. Primeiro o Luis propos uma conceituação dos tipos de arranjos possíveis para o trabalho com a nossa classe lá na escola (as anotações acima mostram até a representação gráfica que ele acabou criando para cada tipo de arranjo, para que eu entendesse melhor). Basicamente, precisamos definir o que as crianças podem fazer sozinhas e o que pode ter algum acompanhamento "externo" a elas.

Abaixo, o complemento: listamos as músicas que gostaríamos de apresentar, a princípio na ordem em que temos trabalhado nas aulas (mas a ordem final vai depender da definição dos arranjos!)


Além disso, listamos alguns trabalhos paralelos (por enquanto só listamos) para irmos pensando, em função da apresentação, como: cartazes, saquinhos para flauta, cenário e figurino... todas as idéias que discutimos hoje ainda precisam amadurecer um tanto!

26/10/2010 - aula 9

Hoje, depois de discutir a questão dos arranjos pela manhã no planejamento, fizemos uma aula tranquila, repassando todo o repertório das canções com violão e consolidando o repertório da flauta (com as notas sol, lá, si e dó).

Do Carrossel, introduzimos a quarta música (Roda roda carrossel), também agitada como Pretas e Vermelhas.

As próximas semanas serão decisivas para acrescentar mais algum conteúdo de flauta e, por meio dos arranjos, desenvolver e amadurecer o já visto até agora para a apresentação.

O grande avanço de hoje foi finalmente ter conseguido autorização da escola para que as flautas sejam emprestadas às crianças. Entregamos a cada uma um formulário redigido pela escola, a ser assinado por um responsável. As flautas serão entregues a partir de semana que vem, mediante apresentação do formulário preenchido e assinado.

20.10.10

aula 8

Retornamos após 3 semanas afastados! (Um feriado e uma falta nossa).

Conversamos com a classe sobre os planos da apresentação e retomamos o trabalho com ânimo novo!

Na flauta, recuperamos as melodias já tocadas e aproveitamos o embalo para introduzir uma nova, com a nota dó (Trem de ferro), já pensando na apresentação.

Do Carrossel, introduzimos a terceira música (Marimbondo).

29.9.10

planejamento geral

Hoje na aula de Metodologia da educação musical II conversamos bastante sobre a questão da (in)disciplina. Como fazer para conseguir um bom nível de concentração e trabalho na classe?

Por um lado, as coisas não dependem só de nós. Os professores já gritam "normalmente" com a classe. Além disso, no recreio, o som fica ligado no último volume e com "qualquer tipo de música". Isso tudo poderá ser tratado por nós (ou pelo professor Pedro Paulo) na formação de professores, que tem sido cobrada pela escola.

Hoje também levantamos com a classe a questão da apresentação no final do ano. Seria bom realmente já marcarmos a data!

28.9.10

aula 7

Hoje não pudemos contar com a participação do Luis. A professora também não ficou na sala e a aula foi mais curta do que o normal (começou um pouco depois do horário e teve que terminar exatamente no horário, porque as crianças tinham que terminar de escrever um poema).

Não sabemos o que aconteceu ou o quanto pesou a ausência do Luís e da professora na classe mas hoje foi muito difícil conseguir um bom ambiente para o trabalho. Algumas crianças ficaram o tempo todo correndo no fundo da sala.

Assim, começamos com a parte ritmica (imitação). Na imitação melódica, introduzimos o dó e o ré. As crianças perceberam os novos elementos, apesar da bagunça.

Introduzimos a canção da Primavera, com bastante dificuldade também para que a classe pudesse escutar a música, mas elas chegaram a cantar junto.

Depois, estava tudo muito bagunçado e cantamos o canoeiro como tentativa de acalmar os ânimos. O pior não foi nem o ânimo e sim a gritaria! Tudo soou muito gritado...

Na sequência, passamos para a flauta. Não introduzimos nenhuma música nova, mas retomamos todas as trabalhadas até agora. Até que este momento da flauta funcionou bem. No final, chamamos algumas crianças (e outras se voluntariaram) para tocar na frente da classe. Apesar da montoeira, fucionou relativamente bem. Acho que precisamos mesmo a partir de agora colocar algum foco na apresentação, como meio importante de conseguir que a as crianças se concentrem um pouquinho. Já temos bastante repertório (mesmo!), tenho a impressão de que precisamos agora nos empenhar para trabalha-lo musicalmente (arranjos e instrumentação podem ajudar...). Precisamos conversar!

No final da aula, introduzimos a nova música do Carrossel. Nesse momento, a classe estava mais atenta (talvez devido ao retorno da professora à sala, como o Daniel bem observou), mas não houve tempo de desenvolver a música com eles. Encerramos com a Canção do povo de algum lugar, que a essa altura as crianças já estão acompanhando bem (apesar de só cantarmos essa música uma única vez ao final de cada aula).

22.9.10

aula 6

Hoje não fui à aula! (Gripe forte!!!). Como registro, aqui vai o relato que o Luis Henrique mandou no mesmo dia:

Olá Carol, tudo bem? Espero que esteja recuperando-se bem da gripe. As crianças sentiram a sua falta (eu e o Daniel também) mas acho que demos conta do recado e ainda ficamos com a nítida impressão de que os alunos estão cada vez mais envolvidos afetivamente no processo. Fiquei muito feliz com o resultado na flauta doce. Praticamos as melodias com o si, com o lá (...acabei de lembrar que não tocamos a música do beija-flor com as notas si e lá) e ainda introduzimos o sol. Primeiramente, experimentando a nova posição com notas longas a partir de uma contagem inicial e, na seqüência, utilizando-o em atividade de pergunta e resposta com as três alturas associadas aos padrões rítmicos explorados nas aulas anteriores com palmas e pés. Por fim, ensinamos uma nova canção cuja melodia contempla os três sons. Saíram-se muito bem. Foi maravilhoso. Quanto ao Carrossel, estávamos com medo de dar vexame. Pensamos até em não nos arriscarmos, mas foi em vão. Obrigaram-nos a cantar. Rolou até cânone. Eles continuam apaixonados pelo tema. (...) Bjs. Inté. Luis Henrique.

14.9.10

aula 5

Hoje demos a aula sem o Daniel, que estava com gripe.

Começamos a aula com as imitações (ritmo e melodia). Está funcionando bastante bem chamar algumas crianças para conduzir a imitação melódica.

Apenas na sequência cantamos o Canoeiro e as canções tradicionais. Tivemos que ajustar o texto do "sambalelê", que não coincidia com o da versão que eles já conheciam. Interrompemos a música e propusemos um acordo: cantarmos a parte A como eles conheciam e a parte B (que eles nem conheciam) como nós propusemos. Deu certo!

Em seguida, ensinamos uma música com duas notas, a partir da canção do beija-flor, que compusemos antes da aula:

si, si, lá; si, si, lá; si, si, lá, lá, si, si, lá - com o texto: "beija flor; beija flor; vai chamar o meu amor".

O som está saindo realmente bom e as crianças estão sempre atentas!

Por fim, cantamos as duas primeiras músicas do Carrossel.

9.9.10

aula 4

Na aula de hoje, procuramos seguir o planejamento que desenvolvemos semana passada.

Entramos cantando o Canoeiro e introduzimos o Lamento da esposa, que é uma canção mais lenta da suíte dos pescadores. Em seguida, introduzimos a imitação ritmica.

Na sessão de flautas, introduzimos a nota lá, a partir da canção do bem-te-vi:

"bem-te-vi; bem-te-vi; vem aqui que eu já te vi!"

Soou muito bem!

Nossa introdução do cânone na segunda música do carrossel, no entanto, não funcionou muito bem. Tentamos fazer como se fosse um jogo, com cada um de nós posicionado em uma das vozes, mas a primeira voz queria acompanhar a segunda, quando ela entrava, e o canto saiu muito gritado, como se fosse uma competição para ver quem cantava mais alto. Nada a ver com o sentido do cânone. Vamos ver como faremos para trabalhar isso.

1.9.10

avaliação da terceira aula

Foi relativamente boa a concentração das crianças no primeiro contato com a flauta: aparentemente, foi uma bagunça, mas considerando que foi a primeira vez que eles tiveram uma flauta nas mãos, um instrumento novo, eles até respeitaram bem o momento de tocar. Temos tudo para avançar, propondo imediatamente outras notas.

A flauta tenor que o Luis levou e tocou impos um respeito e o som mais grave também pareceu funcionar como referência diante da maioria de flautas soprano.

Daniel comentou que ao se dirigir às crianças se agachou; Ele sentiu que, ao fazer assim, elas achavam que iam levar bronca. Eu também notei (desde a primeira aula) que em alguns momentos me agachei para me dirigir às crianças, até para cantar (não que precise muito agachamento pra eu ficar da altura delas). Notamos que é um ponto de dificuldade esse de conseguir se comunicar com as crianças mantendo uma postura ereta.

Precisamos melhorar a "posição" das canções tradicionais no tempo da aula, elas ainda parecem estar "jogadas" em uma parte da aula que não liga muito com o restante, apesar de julgarmos o conteúdo em si como muito importante!

31.8.10

terceira aula!

Hoje chegamos na escola e lavamos correndo as flautas. Entramos na classe com um belo "ramalhete" delas!

Durante a semana, ocorreu uma mudança com a classe: por motivos contratuais, a professora Andrea foi substituída pela nova professora, Bianca, que acompanhou a aula no fundo da classe junto com uma aluna em cadeira de rodas, que não havia estado presente antes e que estava acompanhada da mãe.

Começamos a aula novamente com o Canoeiro; na sequência, entramos com a imitação ritmica, que foi novamente bem sucedida. Desta vez, não emendamos na imitação melódica. Passamos às canções tradicionais que havíamos planejado: Sambalelê e O cravo brigou com a rosa (da semana passada) e Pai Francisco, Có-có-có e Rosa amarela.

Depois, entramos com as flautas. Antes da distribuição, Luis explicou, empunhando uma flauta tenor, como as crianças deveriam segurar a flauta que estavam prestes a receber. Pedimos para que elas assoprassem o bocal para tirar a água (pois tínhamos acabado de lavar os instrumentos) e que não tocassem antes da nossa indicação. Como íamos começar introduzindo a nota "si", começamos cantando o si. Cantamos o si posicionamos as mãos a uma certa altura em relação ao corpo e elas rapidamente associaram o gesto ao exercício da aula anterior. Algumas até cantaram "si, lá, sol", acompanhando com as mãos, exatamente como havíamos feito!

Introduzimos, então, uma música composta de uma única nota. A idéia era que as crianças tocassem a partir da maneira como falam. (Enquanto não colocamos as partituras aqui, segue a letra: "Sabiá, sabiá, como é lindo o seu cantar" - a "melodia" pode ser facilmente deduzida da própria frase). Antes de distribuir as flautas, improvisamos um dueto, Luis e eu, tocando "Asa branca".

Só então elas receberam as flautas. Algumas crianças fizeram questão de se responsabilizar pela distribuição dos instrumentos; chegou a haver disputa. A partir daí, começou uma sinfonia de si, si, si... no ritmo da fala da música do sabiá. Aos poucos, alguns foram sendo chamados para demostrar o si na frente da classe, sozinhos ou em grupos (muitas crianças pediam para serem chamadas). Procuramos corrigir algumas flautas empunhadas de cabeça para baixo (por exemplo). Em alguns momentos em que precisamos entrar com explicações adicionais, pedimos para que as crianças suspendessem as flautas (levantando as mãos mesmo) e isso funcionou relativamente bem! A classe conseguiu uma sonoridade bastante homogênea!

Enquanto recolhíamos as flautas, algumas crianças pediram para cantar o Carrossel! (Nossa, é surpreendente como elas gostam desta música! Principalmente da segunda canção, mais animada. Parece até que se empenham na primeira parte porque sabem que virá a segunda!)

No fim, ainda conseguimos cantar rapidamente o Canto do povo de algum lugar. (Algumas meninas exlamaram "ai, que música linda" quando toquei a primeira estrofe na flauta). Algumas disseram que ainda não sabiam a letra dessa porque em todas as vezes só cantamos uma única vez cada estrofe, para encerrar a aula. E assim foi novamente.

24.8.10

segunda aula!

Que aula surpreendente!

Chegamos na hora (16h50) cantando o Canoeiro. Fomos recebidos calorosamente pelas crianças! Quase todas cantaram conosco. Os meninos, principalmente, se empenharam bastante nos gestos que acompanham o trecho do "cerca o peixe, bate o remo, puxa corda, colhe a rede". Repetimos a música algumas vezes.

Em seguida, a retomada dos nomes fluiu bem.

A imitação rítmica foi uma coisa incrível: o Luis começou com padrões bem simples. Eu e o Daniel seguimos como as crianças. A resposta foi ótima e então o Luis teve uma grande sacada na hora que foi introduzir a dinâmica! As crianças ficaram fascinadas com as palmas e pisadas em pianíssimo!!! Foi ótimo, redobrou a atenção de todos! Por fim, ele introduziu como desafio o padrão ritmico que pode acompanhar o sambalelê (sem cantar sambalelê ainda). Foi um pouco mais complicado, mas eles se empenharam bastante.

Entrei na sequência com a flauta, com o si, lá e sol, como tínhamos planejado. Depois de algumas combinações (si, lá, sol / si, si, lá etc.) sempre em grau conjunto, Luis falou da diferenciação de agudos (fininhos) e graves e eles identificaram a nota mais grave como sendo o sol e cantaram o sol! Então o Luis perguntou se eles se lembravam do si. Nessa hora, eles cantaram "si", mas repetiram a altura sol! "Reprovamos" a tentativa e posicionamos a mão na altura do si, sem fazer som. Eles também se posicionaram e encontraram a altura do si! Sabemos que isso é comprovado pela experiência de outros educadores, mas para nós foi incrível! Nesse momento, tendo eles encontrado o sol e o si, "regi" uma improvisação com as duas notas e deu muito certo! Até acrescentei o lá. Eles gostaram bastante!

Em seguida, Luis falou para a classe que íamos cantar algumas canções para descobrir se eles conheciam, como conheciam Ciranda cirandinha. Eles acompanharam bem O cravo brigou com a rosa. Sambalelê foi mais difícil, até porque eles começaram a cantar uma letra diferente da que levamos (eu, pessoalmente, tive dúvidas sobre como proceder. Amanhã na avaliação conversaremos sobre isso!). Algumas crianças cobraram a canção da ciranda da aula passada e a fizemos também (pessoalmente, àquela altura, confesso que já tinha me esquecido da existência dessa música!). Algumas crianças ficaram meio de lado ou mais tímidas. Duas das que haviam se excluído na aula passada começaram a participar! Notamos que os meninos estavam menos participativos desta vez. (Amanhã conversaremos sobre isso...)

Depois dessa primeira cantoria, Luis propos a atividade das plantinhas, dizendo que precisávamos de concentração para a música da atividade seguinte. Foi um sucesso! Todos germinaram e cresceram que foi uma beleza!

No final, pareciam já ansiosos pela sequência e retomaram felizes a primeira canção do Carrossel, que vimos na aula passada. Cantamos inteira umas duas ou três vezes, então propus trabalharmos o "voo da abelha" no final (o melisma no "e" de abeeeeelha). Cantei a vogal por trechos da melodia, desenhando as descidas sucessivas com a mão e eles gostaram bastantede cantar com as mãos também. Acho que isso pode ter ajudado a "desvendar" um pouco o trecho!

Foi só pensar em introduzir a segunda música que uma das crianças lembrou que havia sido prometida uma continuação! Cantei uma única vez a segunda canção (que é curtíssima e muito alegre) e eles já sabiam. repetimos algumas vezes e a cada vez eles cantavam com muita convicção (já não estavam mais gritando tanto!). A melodia do final é bastante complicada, mas já comecei a trabalhar a indicação de alturas com as mãos... Alguém pediu para cantarmos desde o começo e passamos a cantar as duas primeiras canções do Carrossel.

Nessa hora, entrou na sala um passarinho totalmente perdido! Foi uma sensação! Ele voou, voou e pousou em um dos trilhos de lâmpada no teto. Apagamos as luzes e tentamos pedir silêncio para não assustar o bichinho. No meio da confusão, uma criança sugeriu que ele tinha ido ouvir a música e conseguimos propor de cantarmos bem baixinho para o pássaro. Cantamos a segunda canção bem piano algumas vezes! Foi muito bonito! Novamente, alguém se lembrou de começar a música pelo começo e fizemos uma concentração do ré grave inicial. No que começamos a cantar, o pássaro, que a essa altura estava posicionado na janela, conseguiu voar para fora e assim terminamos de cantar.

Nessa hora, soou o sinal e conseguimos cantar o Canto do povo de algum lugar uma vez e encerrar a aula no tempo certo! Ufa!

apontamentos para a segunda aula

A partir da experiência da primeira aula, elaboramos para a segunda aula o seguinte mapa:

-chegada: Canoeiro;

-retomada dos nomes e aproveitar o momento para apresentar o Daniel, novo integrante da nossa equipe!

-imitação rítmica (repetir aquela conduzida pelo Luis na semana passada), podendo incluir, na sequência, uma "imitação melódica" com a flauta (notas sol, lá e si) acompanhada de movimento com as mãos, seguindo as alturas;

-"plantinhas": momento sugerido pelo Luis para respiração-concentração: narrar o crescimento de uma planta. As crianças são as sementes (agachadas!), que crescem ao receber a luz do sol, a água da chuva e o calor da terra, transformam-se em árvore, dão frutos que lançam novas sementes ao chão (o ciclo se repete algumas vezes, como uma respiração);

-assim, podemos introduzir, com calma, as canções populares/folclóricas que decidimos incluir no plano após o sucesso da Ciranda cirandinha. Listamos várias e ensaiamos duas para hoje: O cravo brigou com a rosa e sambalelê (com parte rítmica);

-retomar o Carrossel;

-encerrar com o Canto do povo de algum lugar, que na primeira aula "passou batido" no final!

23.8.10

novo integrante!

Na aula de apoio ao estágio de 18/8, nossa dupla transformou-se em trio! Recebemos um novo integrante, o Daniel Nanô, que acabou de chegar da Alemanha diretamente para o estágio! Por enquanto, ele só acompanhou o relato da nossa experiência, mas já deve estar presente conosco em sala na semana que vem! (Em breve mudaremos a foto do blog, para apresentar o Daniel também!)

18.8.10

avaliação da primeira aula

Hoje na aula de apoio ao estágio apresentamos um relato da nossa primeira experiência com as crianças. Foram feitos alguns apontamentos a respeito:

-de um lado, foi evidente nossa desorganização e descontrole da sala. Em alguns momentos, as crianças estavam no comando da situação, propondo e tomando iniciativas que conduziram a aula. Como observou o Luis, "faltou liga" entre uma atividade e outra.

-a atividade do jogo ritmico, que não estava no planejamento inicial, precisa ser mantida e explorada como momento de concentração.

-como mudança de planos no repertório, pensamos inicialmente apenas em aumenta-lo, trabalhando deliberadamente com canções infantis "típicas", a exemplo das arranjadas por Heitor Villa Lobos.

-uma dificuldade muito grande e constante parece ser a de "diminuir" a intensidade. Tudo lá é só "muito" e "o tempo todo". Vai ser um desafio propor e criar nuances e sutilezas com as crianças.

-algo que deve contribuir nesse sentido é a retomada da "voz real" das crianças, a partir do repertório - uma das nossas propostas centrais no plano de estágio. O repertório de fato não é aquele ao qual a maioria das crianças parece habituada. No entanto, não é inadequado e nem totalmente alienígena.

-ainda não conversamos com a professora de classe devidamente a respeito dos alunos. Na saída da aula, chegamos a perguntar o que ela faria, por exemplo, no caso dos alunos que se recusam a participar das atividades (eis um assunto que precisamos resolver!). Tudo indica que precisaremos marcar algum horário com ela para conversar sobre isso.

17.8.10

primeira aula!



Hoje fizemos, ao mesmo tempo, nossa primeira visita à escola e também a primeira aula!

Fomos bem recebidos pelo piano detonado no hall de entrada, pela diretora, bedel e professora de classe e, logo em seguida, pelas crianças. "Chegamos chegando" cantando "O canoeiro".



As crianças aplaudiram quando terminamos! Mas não foi natural que elas começassem a cantar junto, como havíamos previsto - tivemos que pedir e, mesmo assim, as vozes ainda soaram tímidas.

Na sequência, ainda sem saber se a aula "vingaria" ou se só nos apresentaríamos para voltar na semana seguinte, dissemos nossos nomes (na hora, "saiu" que o Luis me apresentou e eu o apresentei) e pedimos que cada um apresentasse um colega. Isto funcionou razoavelmente bem.

Depois, vimos que a aula iria continuar! (Andrea, a professora da classe, continuou na sala o tempo todo, assistindo e pedindo a atenção das crianças nos momentos mais ruidosos).

Não estava nos planos, mas o Luis teve muita presença ao propor um jogo no qual ele fazia uma sequência curta de ritmos e as crianças tinham que responder. As crianças tiveram um pouco de dificuldade no início em esperar o Luis concluir a frase para começar, mas bem rápido entenderam como o jogo deveria funcionar e foi um sucesso!

Retomando o planejamento, era hora de introduzir as cirandas! Pedimos para elas afastarem as cadeiras para formarmos a roda. Foi rápido, mas logo que a movimentação começou, deu pra ver que o pedido foi feito sem plano e a arrastação de mesas foi totalmente caótica, apesar de rápida. Neste momento, três crianças sentaram-se à margem da roda e não quiseram participar de jeito nenhum, nem quando chamadas pelo nome.

Com a roda feita, estávamos posicionados para começar a cantar e rodar com a ciranda. Eu, que particularmente sou bem radical nesse ponto (por enquanto!) de "explicar o mínimo possível", acabei anunciando que estávamos naquela formação, com o Luis ao violão logo atrás, para cantar e dançar uma ciranda. Pronto! Alguém começou a cantar "Ciranda cirandinha". Luis e eu nos entreolhamos e o Luis mandou ver na Ciranda cirandinha ao violão. Só que as crianças entraram com um tom de voz totalmente grave! Nós, então, propusemos, com violão e voz, um tom bem mais agudo e aos poucos, conforme repetíamos a canção na roda, a voz delas começou a soar como deveria.

A marcação dos passos, no entanto, era uma coisa bem desproporcional, um uníssono potente de uma pancada no chão. Os movimentos também estavam muitíssimo bruscos. Tentei pedir algo que "combinasse" mais com a música e funcionou um pouco. Até que uma das crianças lembrou-se da estrofe que pede que alguém "entre na roda, diga um verso bem bonito, diga adeus e vá se embora" e pediu para que eu escolhesse esse alguém!

Eu disse: _Eu? Eu não!
E a criança respondeu: _Então vai você!

Foi o jeito. Fui para o centro da roda, mas por sorte me ocorreu de introduzir o Carrossel, de Vinícius, que seria já o nosso próximo passo na aula. Perguntei se eu poderia cantar o verso em vez de declamar e eles deixaram! Então, cantei a primeira música, bem devagar. Quando acabei, estava bem em frente ao Jonathan, que foi a primeira criança a, voluntariamente, se apresentar. Então disse que seria a vez dele. Ele não sabia o que fazer e eu disse que faria junto e, assim, cantamos "cai cai balão" (que foi a primeira coisa que me ocorreu!). Depois disso, Jonathan apontou para outra criança, mas a brincadeira morreu ali e as crianças se mostraram interessadas em aprender a música do Carrossel.

Foi um momento bem interessante, porque a música ao mesmo tempo causou estranhamento e curiosidade. As crianças associaram o som da pentatônica (em breve colocaremos aqui partitura ou até gravação, se possível) a "meditação" (uma disse isso, outra começou a imitar alguém meditando). Propus de fazer como o Luis: eu cantando uma frase e eles repetindo na sequencia. Mas na quarta frase elas já estavam cantando junto comigo e foi assim por algumas vezes. Só no melisma do final que elas se atrapalhavam um pouco - foi esta a parte que mais causou estranhamento! Apesar de eu cantar a música com a voz mais leve possível, as crianças começaram a perguntar se era ópera. Houve uma adesão maciça também por parte dos meninos, que demonstraram muita vontade de conseguir realizar a música a até o final, até que propuseram que se fizesse uma "competição" para ver "quem cantava melhor", se os meninos ou as meninas!

As crianças montaram por conta própria duas filas, Luis e eu nos dividimos nos naipes. Nessa hora, deu para fazer um breve comentário sobre a divisão de "meninos e meninas grandes em vozes diferentes em um coral". Luis também conseguiu pedir silêncio antes da música começar e lembrei de dizer que o silêncio é bom porque a gente pode escutar a nota em que a música começa - e assim entra todo mundo na mesma nota. Então, as crianças fizeram silêncio e cantei a nota inicial, que elas repetiam. Foi muito engraçado como elas repetiam não só o som que eu emitia, mas também o gesto que eu fazia com a mão!

Depois da cantoria, sem perdedores nem vencedores ("deu empate"), cantamos a Canção do povo de algum lugar para encerrar nossa participação naquele dia. Acabamos ficando bem mais do que os 45 minutos previstos para a aula. Já estava escuro e era hora da saída das crianças da escola!

Este foi nosso primeiro dia no estágio!

11.8.10

plano da primeira aula

Hoje ensaiamos a nossa estréia para o dia 17/08. Alteramos alguma coisa do que havia sido previsto no esboço inicial. A alteração mais significativa é a do uso da flauta. Vamos solicitar as doações, mas ainda não sabemos se, estrategicamente, vamos trabalhar com ela nas aproximadamente dez aulas disponíveis que teremos. Vai depender muito do que encontrarmos nesta primeira aula.

A primeira aula servirá, ao mesmo tempo, para nos apresentarmos à classe e para observá-la pela primeira vez. Nosso roteiro ficou assim:

Chegaremos tocando e cantando o Canoeiro, de Dorival Caymmi. O Luis vai tocar violão e eu, a flauta. Em seguida, vamos introduzir o texto da canção. Montamos uma sequência para nos organizarmos com as repetições das estrofes. (O Luis vai ficar responsável por editar as nossas partituras e eu cuidarei da publicação do blog). Subimos um tom em relação à partitura disponível, para que a melodia ficasse mais confortável na voz das crianças e vamos tentar encaixar alguns gestos às estrofes.

Depois do momento Canoeiro, vamos cantar uma canção que pede que cada um fale o seu nome (em breve, deveremos ter essas partituras aqui no blog). Vamos ensinar a melodia ao apresentarmos nossos próprios nomes - e o Luis vai acompanhar ao violão. Vamos tentar aproveitar esta apresentação "mais formal" para contar às crianças que vamos trabalhar com elas ao longo do semestre.

Na sequência, vou "contar-cantando" o Carrosel, (texto de Vinícius de Moraes). Como o texto retoma sempre o girassol, vamos levar uma flor para deixar na classe.

Em seguida, vamos entrar com um pout-pourri de cirandas bem simples (centrado na Ciranda de Lia). Queremos formar logo neste primeiro dia uma roda com a classe. Luis vai tocar violão.

Para finalizar, ainda em roda, vamos introduzir o Canto do povo de algum lugar, de Caetano Veloso. Luis vai tocar violão aqui também e eu vou tentar entrar com alguns movimentos, de acordo com o texto da música.

Em breve, então: as partituras, algumas primeiras imagens e impressões da escola e, principalmente, notícias sobre o "funcionamento" do nosso plano!

plano do estágio

Plano elaborado durante a disciplina Metodologia da educação musical I, no primeiro semestre de 2010. Consiste de plano geral e esboço de 3 aulas.

Descrição panorâmica
Pretendemos realizar um trabalho de iniciação musical, com base no repertório para canto e flauta doce, inspirado diretamente nas práticas pedagógicas do ensino waldorf.

Público alvo (ideal)
Crianças entre 8 e 10 anos (quantas?)

Objetivos
Trabalhar a musicalidade das crianças por meio da vivência do elemento musical – a própria voz e a prática de instrumentos. Com o canto, partir da linha melódica simples ao cânone. Com os instrumentos, desenvolver um trabalho de iniciação.

Estratégia metodológica
• Realização da prática de repertório (definir com cuidado! Prever músicas cantadas “na oitava da criança”; prever uma ou outra canção em língua desconhecida!) utilizando principalmente o canto e a flauta doce (compor arranjos apropriados para a iniciação ao instrumento; considerar a composição de “arranjos abertos” ).
• Um dos elementos do repertório devem ser “canções-histórias” que podem ser encenadas, considerando turno de papéis.
• Prever uma apresentação à comunidade escolar ao final do percurso.

Materiais, equipamentos, infraestrutura
• Sala de aula, flautas doce (verificar com a classe a possibilidade de que flautas sejam emprestadas à classe durante o semestre do estágio), “instrumentos complementares” (kântele, percussão... dependendo dos arranjos, que também dependerão dos instrumentos);
• A apresentação final independe de haver teatro ou não, pode ser feita ao ar livre (mas isso precisa ser definido antes, porque pode interferir na escolha do repertório).

Atividades previstas – Dinâmica das aulas
• Chegaremos (professores) à sala de aula cantando e/ou tocando.
• Realização de uma parte rítmica e corporal; considerar a possibilidade de explorar a própria flauta como instrumento rítmico.
• Introdução de canções (repertório) – momento flauta.
• Montagem de uma cena (a partir de uma canção-história introduzida nas duas primeiras aulas; é provável que, em um semestre, seja possível trabalhar com até três canções-histórias); prever duas montagens a cada aula, com rotatividade nos papéis.
• prática de repertório já ensaiado (nas aulas mais adiantadas do curso)
• Encerramento da aula com ritmo.
• Saída da aula cantando.

Atividades complementares
• Levar concertos de música de câmara (CMU) à escola ao longo do semestre;
• Prever participação de músicos instrumentistas (diversos) em algumas aulas e talvez na apresentação final.


Repertório (em construção)

Canto
Canoeiro – Caymmi
Canção da partida – Caymmi
Cirandeiro (cirandas em geral)
Moinho de vento
Qui nem jiló – Luiz Gonzaga
Carrossel – Vinícius
(4 canções; possibilidade de flauta na parte da cigarra; contém cânone)
Benke – Milton
Ubá (cânone)
Bola de meia boa de gude - Milton
Canto do povo de algum lugar – Caetano (se der, c/ flauta)
Piruetas
Tem gato na tuba (levar a tuba)
Cacuriá
(Canções de Natal)

Canto com flauta
Margarida
Samba de uma nota só
Yellow submarine (Beatles)
With a little help of my friends (Beatles)

• Os arranjos serão feitos a partir deste repertório. Estratégia: cantar e tocar de tudo (dentro deste repertório) e desenvolver o que for funcionando melhor.
• As canções-histórias estão sendo ainda buscadas/compostas.


Aula 1
• Chegar cantando e tocando Canoeiro (voz, violão, flauta, tambor).
• Tentar, com base na repetição, fazer com que eles cantem. Introduzir uma parte rítmica (palmas) para ajudar a engrenar.
• Apresentar a canção-história.
• Entregar as flautas – atividade rítmica com a flautas: postura, posição, embocadura articulação: a nota si. Tudo por imitação. (Relação da história com a nota si a ser desenvolvida nas aulas seguintes).
• Canto do povo de algum lugar – Caetano.
• Verso de encerramento.
• Saída da aula cantando o Canoeiro.

Aula 2
• Chegar cantando o Canoeiro de novo.
• Trabalhar a parte rítmica novamente a partir do Canoeiro (palmas e introduzir pés). Ver se dá para passar o tambor para eles. A ideia é ir acrescentado elementos.
• Momento flauta: nota si e introduzir o lá, mantendo atenção com as questões técnicas.
• Apresentação e introdução das cirandas: formar a roda.
• Retomar a canção-história com o começo de cena.
• Canto do povo de algum lugar – Caetano.
• Verso de encerramento.
• Sair cantando o Canoeiro.

Aula 3
• Chegar cantando as cirandas
• Trabalhar o elemento rítmico na roda, por meio das cirandas.
• Momento flauta: nota si e lá, introduzir o sol, mantendo atenção com as questões técnicas.
• Repertório: Samba de uma nota só.
• Retomar a canção-história e cena (2 elencos).
• Canto do povo de algum lugar – Caetano para encerrar.
• Verso de encerramento.
• Sair cantando o Canoeiro.

apresentação do blog

Olá, a todos!

Neste blog, vamos tentar registrar o percurso do estágio em educação musical proposto pela disciplina Metodologia da educação musical II, no Departamento de música da ECA-USP, sob supervisão do professor Pedro Paulo Salles. O trabalho de preparação começou no primeiro semestre de 2010, na disciplina Metodologia da educação musical I, quando, em meio a outras atividades, esboçamos um plano de trabalho.

No blog, apresentaremos o plano e as modificações e complementos que vão surgir pelo caminho. Também temos a idéia de disponibilizar aqui as partituras dos arranjos utilizados nas aulas, além de outros tipos de registros possíveis.

Para o estágio, foi selecionada uma classe de 4º ano do ensino fundamental de uma escola pública próxima à USP, formada por, aproximadamente, 30 crianças.

Esperamos que o blog seja um bom meio para conversarmos sobre educação musical com todos aqueles interessados no tema! Convidamos vocês a participarem de uma conversa com a gente! Estejam à vontade para escrever comentários aqui mesmo!

Um abraço,

Carolina e Luis Henrique.